Iker Casillas v. Júlio César - Hugo Oliveira v. Juan Carlos
Arévalo - O duelo de luvas do século
O FC Porto – SL Benfica deste domingo é mais do que mais um
clássico entre os dois clubes que têm dominado o Futebol Português. É também um
encontro em que o foco vai iluminar o relvado a partir das balizas. Iker
Casillas defenderá as valências de Juan Carlos Arévalo na baliza dos Dragões,
enquanto Júlio César colocará em campo o molde competitivo de Hugo Oliveira.
De escolas diferentes, são guarda-redes completamente
diferentes em quase todas as etapas das respectivas carreiras e apenas com a
coincidência de terem sido ambos treinados por Silvino Louro – o Brasileiro no
Inter e o Espanhol no Real Madrid.
Se Iker Casillas demonstrava resquícios da escola Espanhola
do século passado, Júlio César deixou a metodologia Brasileira quando agarrou o
legado de Francesco Toldo em Milão e adaptou-se à Escola Italiana do treino
específico de guarda-redes, sendo, mais uma vez, diferente, aos 36 anos: menos
defensivo e mais concentrado nas decisões – por culpa das circunstâncias e das
mudanças de treinador de guarda-redes desde a sua saída do Inter em 2012.
Enquanto Júlio César sofria todas essas alterações, Casillas
adaptava-se aos novos treinadores de guarda-redes no conturbado banco do
Santiago Bernabéu, sem alterar – em grandes proporções – o seu estilo, até à
chegada de Villiam Vecchi ao Real Madrid, com Carlo Ancelotti, em 2013.
Tornou-se um guarda-redes menos técnico e mais reactivo, mais defensivo e com
menos amplitude e fluorescência de outras temporadas. Agora, com Juan Carlos
Arévalo, recebe a Escola Espanhola – pura e crua -, e aguarda-se pelo
verdadeiro teste às suas (novas) capacidades.
Para O Mundo dos Guarda-Redes, este é o duelo de luvas do
século.