Chilavert: a "importância de ter (e ser) líder" por Luís Freitas Lobo - O Jogo



Hoje, no jornal O Jogo, a opinião de Luís Freitas Lobo nas páginas centrais em "Planeta do Futebol" escreve sobre a "importância de ter (e ser líder)", aponta à capacidade de José Luis Chilavert, ao serviço da selecção Paraguaia.

O Mundo dos Guarda-Redes revela a opinião, na íntegra, nas seguintes linhas:

"Onde está, neste momento, o "fútbol" paraguaio? Falhar o Mundial é apenas um detalhe para quem da Europa se habituou a vê-lo como tacticamente dos mais fortes, por isso chamaram-lhe a "Itália da América do Sul". O momento que vive (e nos clubes) está para além de uma crise geracional.

Recordo sempre a imagem de Chilavert. Não as suas loucuras. Recordo a sua atitude no Mundial 98, no relvado, depois de soar o apito final do jogo que o onze guarani perdera após resistência heróica, no prolongamento, frente à França. Aos poucos, cada jogador foi tombando no relvado, de joelhos, mãos na cabeça, desfeitos. A primeira reacção de Chilavert foi a mesma. Caiu quando viu tudo terminado, mas de pronto ergueu o olhar, viu os seus companheiros destroçados, caídos, e logo ele se levantou, imponente, e foi levantar um a um, erguendo-lhes o queixo, batendo-lhes no peito e gritando-lhes. Ninguém podia ficar assim. Ninguém podia passar essa imagem após a batalha. Ninguém podia sair do campo assim. E, um a um, erguidos, cabeça levantada, olha insolente de quem estava pronto para desafiar o mundo já a seguir, outra vez, abandonaram o relvado. Os líderes são feitos desta matéria, levam-te por caminhos que só eles conhecem."

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